Cantora pernambucana lança CD ao vivo celebrando ritmos regionais
A cantora pernambucana Adryana BB lança seu primeiro disco ao vivo Do barro ao ouro, pelo selo carioca Saladesom. Ex-integrante do famoso Rio Maracatu, Adryana tem mais de 20 anos de carreira, sempre fiel a sua música. O CD é uma festa de sedutores ritmos nordestinos, música popular tratada com carinho e cuidado.
O disco foi gravado em 24 de junho de 2008, dia de São João, na charmosa Sala Baden Powell. Festa jenuína de música no coração da zona sul carioca. A gravação ao vivo de Adryana BB é transparente, respira energia e verdade. Fica a certeza de que Adryana não segue receitas, traz sua personalidade, ao mesmo tempo doce e quente, em músicas que se tornam universais a partir do ar regional.
"O meu forró todo mundo quer dançar", diz a letra de Xamego do bom, parceria de Geraldo Azevedo e Geraldo Amaral que Adryana grava nesse novo trabalho. Cheia de propriedade, pega emprestado o verso e faz dele seu estandarte. O repertório ainda inclui composições de João Lyra como o ótimo Coco da canoa, com Paulo Cesar Pinheiro, e Estrela do mar, com Mio Matsuda, escolhida para fechar o disco. De Irinéa Maria Ribeiro traz Tiriê pintassilgo e de Carlos Fernando a dança globalizada de Caruaru e Roma pegando fogo. Fortalecendo ainda mais os laços do tradicional com o contemporâneo, Adryana canta Daniel Gonzaga em Laranjeiras: "Esse é meu canto de cidade / Esse é meu canto de fé", celebra.
Adryana também serve composições próprias como a irresistível Saudade, parceria com Gilvandro Filho, momento de cantar junto a irresistível melodia. Também traz a contagiante Dona Biu, que abre o disco, e a doce Minha flor. Em Pandeirada Adryana surpreende com a apresentação de um repente próprio cheio de estilo.
Pé no chão e energia na voz, as raízes de Adryana BB estão expostas em Do barro ao ouro. A contagiante mistura de ritmos mostra um Brasil que se conhece, celebra sua cultura e a partir das referências de suas raízes encontra uma linguagem contemporânea. Nada ali soa artificial ou trabalhado demais, é a pulsação do ao vivo que garante a magia. E a festa acontece.
fonte:
Ziriguidum
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